Me diga, quais são seus planos para 2007?
É, pode parecer um pouco tarde para se fazer essa pergunta, já que, por lei, costumamos fazê-la antes do ano começar, e não depois que ele já começou. Tudo bem, eu sei que depende, mas nos meus 25 anos de vida (tirando alguns primeiros os quais é difícil lembrar) sempre ouço essa pergunta antes do ano virar.
No ano passado eu tinha vários planos para esse ano, complexo, não? Já que normalmente também são coisas que não costumamos fazer em um ano corrente, muito menos quando ele está longe de chegar ao fim. Mas eu sou assim, sou uma pessoa que costumo pensar bem a frente de meu tempo, uma pessoa um tanto quanto, digamos, avançadinha.
Para 2007 eu planejava dar continuidade a muita coisa que havia começado em 2006, ou havia dado alguma continuidade em 2006 e que provavelmente continuaria dando a maldita continuidade em 2007. Por forças maiores do destino, muita coisa em 2007 mudou, e para pior. Aliás, o pejorativo faz parte constante do meu vocabulário pela simples razão de eu ser uma pessoa bastante descrente sobre as forças que regem, não digo descrente, mas realista, já que a realidade e a descrença sejam duas coisas que andam bastante coladinhas para o meu gosto. A crença, em meu ponto de vista, é o oposto da realidade e a realidade, uma fiel parceira da descrença, e com a falta de uma e o excesso da outra criamos uma massa incrédula e amarga, profundo isso.
Sempre tem aquele Joãozinho que vai contestar e dizer que o oposto da realidade não é a descrença e, sim, aquilo que não é real. Ok, querido, então siga meu raciocínio passo a passo, começando pelo final de 2006, dezembro, para deixá-lo mais situado da situação: meu aniversário é um fato, mas ele não existe, comemorar aniversários é uma cultura, logo, não deixa de ser uma crença; Papai Noel também é um fato e, embora seja escrito com letras maiúsculas, ele não existe, pois é uma crença; os duendes do Papai Noel que o ajuda a embrulhar e a separar os lindos pesentinhos, não são fatos e, embora por enquanto apenas algumas pessoas afirmem xuxamente terem visto alguns, eu, até o presente momento, afirmo que eles não existem; reveillon, é outro fato cultural, e não existe. Não existe porque não existe, oras! Você não pega meu aniversário nas mãos, você não aperta as crendices bochechas gordas do Papai Noel, você não diz que viu duendes (salvo raras excessões) e você não abraça o reveillon e diz FELIZ ANO NOVO. Como a única regra real é a de que toda regra existe excessão, obviamente que ela não iria falhar neste momento, existindo crenças que são reais, como o Chacrinha, Xuxa, Gretchen e minha amiga Naiana.
Agora que consegui me fazer ser entendido, posso continuar com minhas divagações, pois é absurdamente deselegante deixar as pessoas às moscas ao não concluir uma idéia.
Eu sou uma pessoa que tenho um sério problema com continuidades. Eu perco facilmente a paciência quando me sinto saturado e não me importo em desistir do que faço ou me acontece para começar algo diferente e que valha a pena. Insistir em erros pra mim é uma bobagem, uma tolice que não faz sentido. Talvez essa seja uma das razões de eu adorar escrever coisas pequenas e diferentes para poucas pessoas, pois não tenho paciência em ficar horas escrevendo coisas que, no final das contas, resultem em uma única história.
2006 pra mim foi o ano da minha vida, pois ele foi bastante interrompido, exatamente como eu sou. Analisando isso eu entendo como achei um ano chato, pois desistir das coisas nesse ano estava virando rotina e eu não estava nenhum pouco a fim de desistir de desistir, isso acabaria com minha razão de viver. Por isso resolvi pensar diferente, não vi a desistência como ela é, mas sim como um recomeço, pois nós nada mais fazemos do que recomeçar quando desistimos.
Recomeçando descobri que as coisas podem sempre ser recomeçadas de formas diferentes e isso começou a torturar minha psique, já que o prazer pelo recomeço me deixava afoito pelo fim, para ver o fim eu tinha que terminar e para terminar eu não podia desistir. Foi então que descobri que, entre o recomeço e o fim, eu tenho uma barriga a qual podia usar e foi com ela que empurrei as coisas, já que com as mãos eu não podia pois estavam atadas pela complicação em que me meti.
Nisso deixei a vida correr como deveria, no seu natural curso. Deixei as ondas me levarem. Tropecei, escorreguei, bati o nariz, torci meu pé, adquiri uma tendinite horrível nos meus extensores do hálux do pé, mas em momento algum eu caí ou me deixei ser derrubado. Este sim, é o único fim que não pretendo ter tão cedo em minha vida, a qual é a única coisa de que não desisto, pois se um dia for para eu cair, que já seja para ser enterrado, esta é uma crença real. Até eu tenho minhas excessões e são com elas que decidi viver em 2007.
É, pode parecer um pouco tarde para se fazer essa pergunta, já que, por lei, costumamos fazê-la antes do ano começar, e não depois que ele já começou. Tudo bem, eu sei que depende, mas nos meus 25 anos de vida (tirando alguns primeiros os quais é difícil lembrar) sempre ouço essa pergunta antes do ano virar.
No ano passado eu tinha vários planos para esse ano, complexo, não? Já que normalmente também são coisas que não costumamos fazer em um ano corrente, muito menos quando ele está longe de chegar ao fim. Mas eu sou assim, sou uma pessoa que costumo pensar bem a frente de meu tempo, uma pessoa um tanto quanto, digamos, avançadinha.
Para 2007 eu planejava dar continuidade a muita coisa que havia começado em 2006, ou havia dado alguma continuidade em 2006 e que provavelmente continuaria dando a maldita continuidade em 2007. Por forças maiores do destino, muita coisa em 2007 mudou, e para pior. Aliás, o pejorativo faz parte constante do meu vocabulário pela simples razão de eu ser uma pessoa bastante descrente sobre as forças que regem, não digo descrente, mas realista, já que a realidade e a descrença sejam duas coisas que andam bastante coladinhas para o meu gosto. A crença, em meu ponto de vista, é o oposto da realidade e a realidade, uma fiel parceira da descrença, e com a falta de uma e o excesso da outra criamos uma massa incrédula e amarga, profundo isso.
Sempre tem aquele Joãozinho que vai contestar e dizer que o oposto da realidade não é a descrença e, sim, aquilo que não é real. Ok, querido, então siga meu raciocínio passo a passo, começando pelo final de 2006, dezembro, para deixá-lo mais situado da situação: meu aniversário é um fato, mas ele não existe, comemorar aniversários é uma cultura, logo, não deixa de ser uma crença; Papai Noel também é um fato e, embora seja escrito com letras maiúsculas, ele não existe, pois é uma crença; os duendes do Papai Noel que o ajuda a embrulhar e a separar os lindos pesentinhos, não são fatos e, embora por enquanto apenas algumas pessoas afirmem xuxamente terem visto alguns, eu, até o presente momento, afirmo que eles não existem; reveillon, é outro fato cultural, e não existe. Não existe porque não existe, oras! Você não pega meu aniversário nas mãos, você não aperta as crendices bochechas gordas do Papai Noel, você não diz que viu duendes (salvo raras excessões) e você não abraça o reveillon e diz FELIZ ANO NOVO. Como a única regra real é a de que toda regra existe excessão, obviamente que ela não iria falhar neste momento, existindo crenças que são reais, como o Chacrinha, Xuxa, Gretchen e minha amiga Naiana.
Agora que consegui me fazer ser entendido, posso continuar com minhas divagações, pois é absurdamente deselegante deixar as pessoas às moscas ao não concluir uma idéia.
Eu sou uma pessoa que tenho um sério problema com continuidades. Eu perco facilmente a paciência quando me sinto saturado e não me importo em desistir do que faço ou me acontece para começar algo diferente e que valha a pena. Insistir em erros pra mim é uma bobagem, uma tolice que não faz sentido. Talvez essa seja uma das razões de eu adorar escrever coisas pequenas e diferentes para poucas pessoas, pois não tenho paciência em ficar horas escrevendo coisas que, no final das contas, resultem em uma única história.
2006 pra mim foi o ano da minha vida, pois ele foi bastante interrompido, exatamente como eu sou. Analisando isso eu entendo como achei um ano chato, pois desistir das coisas nesse ano estava virando rotina e eu não estava nenhum pouco a fim de desistir de desistir, isso acabaria com minha razão de viver. Por isso resolvi pensar diferente, não vi a desistência como ela é, mas sim como um recomeço, pois nós nada mais fazemos do que recomeçar quando desistimos.
Recomeçando descobri que as coisas podem sempre ser recomeçadas de formas diferentes e isso começou a torturar minha psique, já que o prazer pelo recomeço me deixava afoito pelo fim, para ver o fim eu tinha que terminar e para terminar eu não podia desistir. Foi então que descobri que, entre o recomeço e o fim, eu tenho uma barriga a qual podia usar e foi com ela que empurrei as coisas, já que com as mãos eu não podia pois estavam atadas pela complicação em que me meti.
Nisso deixei a vida correr como deveria, no seu natural curso. Deixei as ondas me levarem. Tropecei, escorreguei, bati o nariz, torci meu pé, adquiri uma tendinite horrível nos meus extensores do hálux do pé, mas em momento algum eu caí ou me deixei ser derrubado. Este sim, é o único fim que não pretendo ter tão cedo em minha vida, a qual é a única coisa de que não desisto, pois se um dia for para eu cair, que já seja para ser enterrado, esta é uma crença real. Até eu tenho minhas excessões e são com elas que decidi viver em 2007.
Nenhum comentário:
Postar um comentário