... horrores, atrocidades, memórias, paranóias, fatos, fotos, corpos, fofocas, bizarrices, novelas, contos, crônicas, traumas de infância, insuportabilidade acumulada & retroativa e homicídio psicótico & grupal em potencial cruzado!!!

sexta-feira, março 23, 2007

De novo esse tema?

Sim, de novo... porque é disso que o século XXI está vivendo.

Eu sou uma pessoa muito cética e não acredito em relacionamentos. Se alguém já chegou a ler meu blog assiduamente (coisa que eu também não acredito), vai ver que lá atrás (talvez em meados de 2005 ou 06) eu fiz uma pseudo-previsão muito justa do que se concebeu nos últimos dias, mas vou explicar que não fiz por mal e, sim, justamente pelo fato de que reitero o que acabei de dizer: eu não acredito em relacionamentos.

Não acredito porque sei que nos últimos anos um relacionamento não se tornou algo que conquista, mas uma condição. As pessoas ultimamente não se deixam levar pela concepção e pelos degraus do relacionamento em sua completa significancia, elas simplesmente QUEREM um relacionamento.

Querer é muito diferente do que se conquistar, pessoas não conquistam mais, pessoas buscam e são por essas razões que os relacionamentos dos tempos modernos não duram.

Dizem que uma paixão dura alguns meses e um amor dura dois anos e o dobro de tudo isso é o que se leva para esquecer alguém. Eu acredito nisso! Assim como eu também acredito que um relacionamento que supera dois anos não é mais um relacionamento e, sim, uma necessidade de ser e estar.

Sou sua metade, estou com você. É até descobrir que nunca foi, e está até descobrir que não está mais, e é assim que pessoas se machucam e outras adquirem experiências.

Eu não julgo ninguém por isso, desde que as razões sejam muito claras para um fim. Não julgo por dizer, mas acabo julgando pela minha insistente condição de ser humano analítico e crítico como sei que sou, mas acabo compreendendo os pontos de vista de quem estava na situação.

Eu já sofri em relacionamentos, já fiz pessoas sofrerem nos meus relacionamentos, bem como sei que mais sofri do que fiz sofrerem por uma simples razão: a razão.

A falta de razão dos outros me fizeram sofrer e a minha demasiada razão me evitou sofrer mais e ensinou quem me faria sofrer. Minha razão supera meus sentimenos e não consigo modificar isso, são por essas razões que quando me apaixono, me desapaixono facilmente, e quando se apaixonam por mim eu não consigo entender por quê. Em partes eu entendo, como já disse previamente, a necessidade das pessoas fazem algo ser o que não é. O sentimento de necessidade de se ter um relacionamento, de estar com alguém, de viver com alguém faz as pessoas não darem ouvidos a razão e é por isso que elas sofrem gratuitamente no fim.

Sinto pena dessas pessoas e sofro com elas, gostaria de conseguir expressar e fazê-las entender o meu ponto de vista de forma sublime para que essas dores gratuitas se amenizem, mas sei que é impossível, pois os sentimentos extrapolam um simples sentimento, é um estado de espírito.

Quem termina, tem suas razões pra isso, quem teve o coração partido não consegue entender. Pessoas terminam relacionamentos e tanto um quanto o outro partem para outra como se fosse uma simples troca de roupa e é aí onde está o erro homérico do ser humano: acreditar que relacionamentos vivem em um guarda-roupa o qual você pode escolher e vestir qual queira ou não a qualquer instante. Um casaco foi perdido? Não tem problema, pegamos outro. Um relacionamento acabou, não tem problema, começamos outro. E assim vamos acumulando farsas, cobrindo a dor do fim com a empolgação de um novo começo, esquecendo o passado com um futuro futuro. Um efeito dominó, uma bola de neve a qual, no fim, em proporções gigantescas você não consegue mais dominar e a única opção que resta é continuar nesse ciclo contínuo de frustrações e prazeres constantes para não encarar a realidade como se deve e não se dar o tempo de se reestruturar de um abalo.

E a velha e constante necessidade de ser e estar com algo ou alguém nos faz nunca nos curarmos da catarata sentimental constante em nossas vidas.

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